Cientistas estão criando um arsenal de drogas que poderão retardar, por completo, o envelhecimento. Achou meio difícil? e se eu disser que, na verdade, ele poderá ser imortal? Não, eu não estou louco, pelo menos é o que diz Aubrey de Grey, geneticista da Universidade de Cambridge.
Uma espécie de água-viva chamada Turritopsis dohrnii é exemplo que a imortalidade já existe na natureza. A vida dessa espécie de só acaba se ela for ferida gravemente. Do contrário, a Turritopsis vai vivendo, sem prazo de validade. Suas células se mantêm em um ciclo de renovação indefinidamente, como se voltassem à infância. Podem aprender qualquer função de que o corpo precise. É uma verdadeira (e útil) mágica evolutiva. Parecida com a do Sebates aleutianus, um peixe do Pacífico conhecido como rockfish, e de duas espécies de tartaruga, a Emydoidea blandingii e a Chrysemys picta (ambas da América do Norte). Esse segundo grupo tem o que a ciência chama de "envelhecimento desprezível". Suas células ficam sempre jovens, por motivos que a ciência ainda quer descobrir.
Cientistas do mundo todo acreditam que nós também podemos ser imortais. E já têm propostas para isso, divididas em duas linhas: remédios - feitos para aprimorar nossa defesa contra a morte - e inovações tecnológicas que nos tornarão quase robôs. Sabe aquela expressão "de certo na vida, só a morte"? Parece que ela vai perder o sentido em breve. "Em 50 anos não vai mais existir definição para expectativa de vida. Teremos um controle tão completo do envelhecimento que as pessoas viverão indefinidamente", diz Aubrey de Grey. Não é uma tarefa fácil. Essa pesquisa está diretamente relacionada ao estudo do envelhecimento, que a ciência ainda não conseguiu destrinchar completamente. Pelo que se sabe, o corpo funciona como um carro. Depois de muito rodados, ambos acumulam defeitos. A diferença é que, quando quebra, nosso corpo dá um jeito de se consertar. Se você sofre um corte, o sangue estanca em minutos, não é? O problema é que essa manutenção segue bem enquanto somos jovens, mas vai perdendo a eficácia. Com o tempo, células param de se reproduzir, o corpo vai sofrendo ataques do ambiente... e a nossa máquina não dá conta de reparar tudo. Ficamos velhos, fracos, vulneráveis.
Para que possamos viver para sempre, esse sistema de reparos não pode parar. E já apareceu proposta de todo tipo pra isso. Se antes essas ideias eram tidas como fringe science - algo como "ciência marginal", que tem mais de especulação do que de fato , agora elas começam a ser vistas com seriedade. Tanto que acabaram de levar um Nobel.
-------
Quais seriam os efeitos na sociedade?
CORPO
A imortalidade dará a você o corpo que quiser. Nada de plástica - é que conseguiremos repor tudo o que estiver gasto no corpo. É a perda de células que faz você ter careca e cabelos brancos, por exemplo. Se as repusermos no futuro com injeções de células-tronco, sua cabeleira manterá o viço. Vai dar até para reverter sinais da idade. Nanorrobôs na corrente sanguínea eliminarão toxinas e dejetos que estejam poluindo o corpo. "As pessoas que receberem essas terapias vão se parecer exatamente com os jovens adultos de hoje", diz Aubrey de Grey.
TRABALHO
Aposentar-se por idade no Brasil significa descansar só nos últimos 10% da vida, em média. Se chegarmos aos 300 anos de idade, a labuta irá até os 270. Isso se o governo quiser pagar aposentadoria. Afinal, você continuará jovem e produtivo o suficiente para pegar no batente. Para não morrer de tédio - de tanto trabalhar na mesma coisa -, o jeito vai ser exercer profissões diferentes. "Será possível ter mais de uma carreira ou aprender vários idiomas. O homem terá uma sabedoria jamais vista", diz Anders Sandberg, neurocientista da Universidade de Oxford.
FAMÍLIA
No mundo dos imortais, só se morrerá por acidentes muito graves e que não possam ser consertados a tempo. Por isso, sua família vai crescer: você vai conviver até com seu tataravô. As famílias vão ficar enormes, até porque as pessoas terão mais casamentos. Hoje os casais brasileiros vivem 11 anos juntos, em média. Um novo casamento acontece cerca de 3 anos depois da separação. Nesse ritmo, chegaríamos aos 500 anos com uns 32 casamentos nas costas.
Quais seriam os efeitos na sociedade?
CORPO
A imortalidade dará a você o corpo que quiser. Nada de plástica - é que conseguiremos repor tudo o que estiver gasto no corpo. É a perda de células que faz você ter careca e cabelos brancos, por exemplo. Se as repusermos no futuro com injeções de células-tronco, sua cabeleira manterá o viço. Vai dar até para reverter sinais da idade. Nanorrobôs na corrente sanguínea eliminarão toxinas e dejetos que estejam poluindo o corpo. "As pessoas que receberem essas terapias vão se parecer exatamente com os jovens adultos de hoje", diz Aubrey de Grey.
TRABALHO
Aposentar-se por idade no Brasil significa descansar só nos últimos 10% da vida, em média. Se chegarmos aos 300 anos de idade, a labuta irá até os 270. Isso se o governo quiser pagar aposentadoria. Afinal, você continuará jovem e produtivo o suficiente para pegar no batente. Para não morrer de tédio - de tanto trabalhar na mesma coisa -, o jeito vai ser exercer profissões diferentes. "Será possível ter mais de uma carreira ou aprender vários idiomas. O homem terá uma sabedoria jamais vista", diz Anders Sandberg, neurocientista da Universidade de Oxford.
FAMÍLIA
No mundo dos imortais, só se morrerá por acidentes muito graves e que não possam ser consertados a tempo. Por isso, sua família vai crescer: você vai conviver até com seu tataravô. As famílias vão ficar enormes, até porque as pessoas terão mais casamentos. Hoje os casais brasileiros vivem 11 anos juntos, em média. Um novo casamento acontece cerca de 3 anos depois da separação. Nesse ritmo, chegaríamos aos 500 anos com uns 32 casamentos nas costas.
------
Só acho que isso ta sendo um pouco atrasado, tanta gente morrendo por velhice, sendo que estas pessoas poderiam mudar o mundo.
bem legal o post ghigo, fico feliz por voce ter voltado!!!